Somos realmente um país abençoado !
O ano de 2011 foi palco de crises mundiais envolvendo guerras, catástrofes, graves problemas econômicos e, apesar de tudo, crescemos e o Brasil se apresentou, por sorte ou competência, como uma nação que se desenvolveu, aumentou seus investimentos públicos e privados, melhorou a distribuição de renda e atraiu investimentos internacionais em muitos setores.
Nesta mesma coluna, em dezembro de 2010, falávamos que a participação do mercado de seguros na economia brasileira estava em cerca de 3,45% do PIB. Este ano, a nova projeção é de que alcançaremos algo entre 3,8% e 4,00% de participação no produto interno bruto.
Apesar de algumas profecias pessimistas, o que se verificou no mercado de seguros foi uma aceleração da arrecadação quando comparada esta com o que se esperava de 2010 para 2011.
Considerando o mercado de Seguros, Previdência Complementar Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização, em relação aos prêmios ganhos, projeções otimistas indicam que 2011 projeta aproximadamente 13% de crescimento sobre 2010 e, para 2012 incremento de 10% sobre o ano de 2011.
Esperemos que eventuais agravos do cenário de crise financeira externa não impactem fortemente a economia nacional e, consequentemente, o mercado de seguros ( … bate na madeira, três vezes).
Assim como verificado no ano passado, devemos considerar a (ainda) crescente participação de novos segmentos sociais na cadeia de consumo, aperfeiçoamento da percepção de valor pelos consumidores, aumento das campanhas institucionais de esclarecimento da importância e de incentivo ao consumo de produtos securitários e, neste mês de dezembro, a publicação da Resolução CNSP 244 que estabeleceu as tão esperadas bases para o microsseguro, abrindo perspectivas de comercialização que tendem a facilitar e alavancar as vendas deste segmento, contribuindo para não só a modernização dos produtos de seguros, como também para pulverizar a distribuição por meio de novos canais, aumentando o acesso à proteção de bens e pessoas.
Seja por iniciativa privada das empresas ou por acordos coletivos, as políticas de benefícios vem se intensificando e a utilização do instrumental de proteção securitário tem aumentado, permitindo potencializar o alcance da proteção oferecida pelo seguro aos trabalhadores e suas famílias, bem como se firmando como instrumento de incentivo na forma de salários indiretos, reduzindo o “turn-over” profissional.
Junto a todo esse cenário positivo, vimos ainda o aumento da frequência nos bancos das escolas com cursos orientados à cultura securitária, sejam eles de nível superior (bacharelados e especializações) ou de orientação técnica. Ainda nesse tópico, sindicatos e associações tem focado, cada vez mais, a disseminação da importância do preparo acadêmico dos securitários, haja vista a crescente especialização do mercado e a necessidade de reciclar os profissionais existentes e criar novos para renovação de postos ou ocupação de novas atividades que surgem por conta de diferentes exigências administrativas, técnicas e/ou comerciais.
Resumindo, muitas das projeções se confirmaram ou tiveram resultado superior aos desenhados no final do ano de 2010, ou seja, o otimismo, empurrado pela boa performance da economia, dominou.
Nós, que estamos inseridos em um negócio em que vivemos e dependemos de nossa capacidade de esquadrinhar o passado, analisar o presente e projetar futuros, salvo se as profecias maias estiverem erradas e o mundo terminar em 2012, no final do ano que vem teremos outra oportunidade para verificar se todos os nossos desejos de sucesso e prosperidade se concretizaram …
Sorte, Felicidades e Boas Festas
Vice-presidente do CVG/SP, Diretor de Relacionamento com o segmento de Previdência Privada e Vida da ANSP, Gestor de Produtos da American Life Companhia de Seguros, Coordenador da Comissão Técnica de Vida e Previdência do SINDSEG/SP e Membro da comissão técnica de Produtos de Risco da FENAPREVI.