Falaremos hoje de uma situação que não é incomum, mas que pode ser desconhecida da maioria dos Corretores por se aplicar, normalmente, nos seguros de pessoas: a “CARTA DE NOMEAÇÃO”.
Imagino que esta prática tenha surgido para disciplinar as solicitações de estudos junto às seguradoras, mas com o passar do tempo passou a ser utilizada de uma forma que envergonha a classe.
Uma carta que autoriza um e restringe a participação de outros Corretores no processo de cotação, em tese, é muito bom para evitar ruídos nas tratativas. Mas, usar este artifício para TOMAR um contrato em vias de implantação, ou pior, já implantado e com a comissão vitalícia já fazendo parte do orçamento do Corretor, pra mim é o mesmo que “roubar”.
É sabido que existe um abismo entre o porte dos Corretores. Mas isto não nos exime do respeito ao trabalho de quem chegou primeiro e enxergou o que ninguém tinha visto antes. Independente de ser pequeno ou grande.
Esta prática é muito comum em grandes corretoras e conta com o aval, que beira o cinismo, das seguradoras e operadoras. Simplesmente dizem que não podem perder o negócio e que o segurado é quem escolhe o Corretor. “Isto é uma vergonha”, diria o Boris Casoy. Mas acontece com frequência.
No seguro de vida, a SUSEP determinou há alguns anos as regras para transferência de corretagem, que às vezes é necessário. Corretor que não cuida da apólice até merece perder o contrato. Mas não se deve aparecer vendendo ilusões, desqualificando o trabalho de um Colega competente e lhe roubando o seu ganha pão. Penso que, no mínimo, não é ético.
Na área de saúde, as seguradoras tem adotado o mesmo critério: avisar ao antigo Corretor com antecedência e realizar a troca no aniversário do contrato. Em qualquer outra situação é necessária a concordância do Corretor substituído.
Nas outras operadoras pode-se esperar de tudo.
Apresentar outras opções, até mais interesssantes para o segurado, demonstra capacidade, conhecimento, relacionamento e respeito com o mercado. É licito e é justo.
Tomar, simplesmente, com uma CARTA não demonstra nada de bom.
Mais uma vez quero deixar claro que isto é apenas a minha opinião. Posso estar errado.
Adoraria conhecer a opinião de outros Colegas, apesar de já saber que nos grandes centros esta MÁ pratica já foi bem assimilada pelos Corretores, o que é uma pena.
Por princípio, nunca fiz, nem farei algo semelhante. Deixo o espaço para outros pontos de vista.
Um abraço e saúde para todos.