Conforme dados apurados pela Munich Re (Insurance Market Outlook – 2013), as taxas de crescimento são especialmente intensas em países emergentes, como o nosso, que vive um momento caracterizado por muitos lançamentos de produtos e oportunidades em variados focos, sendo que analisados apenas o Seguro de Pessoas, a América Latina apresentará as maiores taxas de crescimento entre 2013 e 2014, sendo que no caso do Brasil o primeiro destes anos projeta R$ 106,24 bilhões, confirmando nosso país como uma das principais economias emergentes na região.
Como ponto de apoio básico para esta performance da indústria de seguros, temos a progressiva estabilidade econômica, obtida lentamente ao longo dos últimos vinte anos.
Desse movimento econômico vem a “nova classe média”, surgida a partir da base da economia e, por sua recém adquirida capacidade de consumo, agora também deseja preservar seus bens, buscando estabilidade e segurança, propiciando novas oportunidades para a área de seguros.
Ainda que auxiliadas pela repercussão de consequências socioeconômicas, as perspectivas da indústria securitária também se beneficiam de outra variável em pleno curso – o Bônus Demográfico.
Nos próximos anos a análise da População em Idade Ativa (PIA) no Brasil, projeta o perfil de:
• 52,1 milhões de pessoas entrantes na Classe C;
• 15,2 milhões de pessoas ingressando das classes A e B;
O resultado destes robustos números são 67,3 milhões de pessoas em ascensão na pirâmide socioeconômica nacional.
A projeção é de que até 2016, 68% e, até 2022, 71% da população fará parte do mercado de trabalho, afetando positivamente a População Economicamente Ativa (PEA) brasileira, e isto não deverá se repetir em nossa história.
Uma situação sem precedentes como esta exigirá novos modelos de precificação, inovadoras estratégias, incremento dos canais de distribuição e diferentes ferramentas de comercialização, considerados inclusive neste ambiente os recentemente normatizados ‘meios não presenciais’.
De acordo com a CNSeg (Confederação Nacional das Seguradoras), o mercado brasileiro de seguros como um todo, deve crescer em prêmios diretos acima da casa dos 15% em 2013, estimando o total de R$ 290,26 bilhões, reafirmando o bom potencial do mercado e mantendo a atratividade do segmento para os investidores nacionais e estrangeiros.
Dilmo Bantim Moreira é presidente do CVG/SP, diretor de Relacionamento com o segmento de Previdência Privada e Vida da ANSP, atuário, membro da Comissão Técnica de Produtos de Risco da Fenaprevi e instrutor em Seguros de Benefícios.