Saber Sabendo - Ensinando e Aprendendo | 25 de setembro de 2014 | Fonte: Sergio Ricardo de Magalhães Souza

Riscos ruins não têm preço?

Houve um tempo no mercado que se dizia que não há riscos seguráveis que não possam ser aceitos se bem precificados. Não era assim e ainda não é.

Há riscos que não podem ser transferidos para o mercado de seguros e, assim, os seus proprietários têm, via de regra, apenas uma saída: adotar o risco, criando fundos para o seu financiamento, ou seja, estabelecer reservas para fazer frente a possíveis perdas e, ao mesmo tempo, produzir medidas para tentar eliminá-lo, preveni-lo ou mitigá-lo.

Quase sempre, riscos assim, significam que é preciso mudar em vários sentidos. Pode significar mudar as matérias-primas, a forma como se produz, incluindo aí a tecnologia embarcada no processo, as rotinas operacionais, as políticas, as pessoas ou o treinamento que a elas é ministrado e, muito mais. Cada caso é um caso.

Declinar riscos assim é mais um serviço que as seguradoras prestam à sociedade, porque obriga as empresas a tomar providências em caráter emergencial para melhorar os seus riscos, muitas vezes evitando que ocorram acidentes com consequências graves para a própria empresa, para as pessoas e para a própria sociedade.

Gerenciar riscos é tarefa das empresas. São elas as maiores interessadas em manter-se em condições operacionais plenas, sendo esta também uma forma de realizar responsabilidade social e sustentabilidade.

Nos próximos dias um dos temas que com certeza estará sendo discutido no CONEC em São Paulo é a aversão das seguradoras a determinados riscos. Este assunto virou uma preocupação maior no mercado de seguros, porque não se encontra quem queira subscrever algumas atividades. Estas se tornaram agravadas em face da frequência de perdas ou magnitude de sinistros ocorridos nos últimos anos e, ao longo do tempo, foram sendo retiradas das políticas de aceitação das seguradoras, passando a ser declinadas.

O que a primeira vista parece ser uma restrição definitiva, não é, pois estas atividades podem ser aceitas de forma especial, ou seja, com um maior rigor de análise, desde que se consiga comprovar que a empresa se preocupa com a sua exposição à riscos e que tenha envidado esforços para gerenciá-los. Cabe aos corretores de seguros intermediarem a colocação dos riscos traduzindo para o mercado de seguros o programa de gerenciamento de riscos de seus clientes (o que não é tarefa fácil) e, por vezes, significa também realizar um trabalho cuidadoso de aproximação de mercados, exposição e convencimento dos subscritores. Para isso é necessário que estejam capacitados e que tenham relacionamento com as seguradoras para chegarem às áreas de subscrição, exporem suas necessidades e convencerem os subscritores.

Tudo isso dá muito trabalho e exige competência. Trata-se da essência do trabalho do corretor de seguros, que é a consultoria em seguros.

Sergio Ricardo de Magalhães Souza

Mestre em Sistemas de Gestão – UFF/MSG, MBA em Sistemas de Gestão – UFF, Mestre em Engenharia Mecânica, COPPE-UFRJ. Engenheiro Mecânico – IME/UGF. Doutorando em Engenharia de Produção na UFF. Membro da ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência e do CVG – Clube de Vida em Grupo RJ. Fundador do Grupo Seguros – Linkedin. Membro da ABGP – Academia Brasileira de Gestão de Projetos e do PMI – Project Management Institute. Fellow at The Professional Risk Managers’ International Association (PRMIA) – International Association of Risk and Compliance Professionals (IARCP). Membro do NFPA – National Fire Protection Association. Membro da UBQ – União Brasileira da Qualidade – RJ. Coordenador Acadêmico do MBA em Gerência de Riscos – UFF/ESNS. Coordenador Acadêmico do MBA Executivo em Seguros e Resseguro da ESNS. Coordenador Acadêmico do MBA Gestão Empresarial – ESNS. Coordenador Acadêmico do MBA Gestão de Performance – FUNCEFET, Ex-coordenador do MBA Seguros Gestão Estratégica – UVA. Professor dos programas de Pós-Graduação da ESNS, UFF, FGV, IBMEC, FUNCEFET, IPETEC, UVA, CEPERJ, ECEMAR, ESTÁCIO,, TREVISAN, IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo, CBV – Confederação Brasileira de Voleibol. Executivo do Mercado de Seguros com mais de 20 anos de experiência. Sócio-Diretor da Gravitas AP – Consultoria e Treinamento

Sergio Ricardo

Executivo dos Mercados de Seguros e Saúde Suplementar com mais de 25 anos de experiência. Mestre em Sistemas de Gestão – UFF/MSG, MBA em Gestão da Qualidade Total – GQT – UFF. Engenheiro Mecânico – UGF. Foi superintendente técnico e comercial na SulAmérica Seguros. Foi membro da ANSP – Academia Nacional de Seguros e Previdência e foi Diretor de Seguros do CVG – RJ. Fundador do Grupo Seguros – Linkedin (https://www.linkedin.com/groups/1722367/). Associado da ABGP, PRMIA, IARCP. Colunista da Revista Venda Mais e do Portal CQCS. Coordenador de Pós-Graduação e Professor dos Programas de Pós-Graduação na UCP IPETEC, UFF, UFRJ, ENS, FGV, IBMEC, UVA, CEPERJ, ECEMAR, ESTÁCIO, TREVISAN, PUC RIO, IBP, CBV e é embaixador na Tutum – Escola de Seguros. Atualmente é coordenador acadêmico de vários cursos de pós-graduação, como o MBA Saúde Suplementar http://www.ipetec.com.br/mba-em-saude-suplementar-ead/, do MBA Seguros https://www.ipetec.com.br/mba-em-seguros-ead-new/ do MBA Governança, Riscos Controles e Compliance e do MBA Gestão de Hospitais e Clínicas na UCP IPETEC. Sócio-Diretor da Gravitas AP – Consultoria e Treinamento, especializada em consultoria e treinamentos em gerenciamento de riscos, controles, compliance, seguros, saúde suplementar e resseguro. www.gravitas-ap.com. Fale com Sergio Ricardo [email protected].

2 comentários

  1. Marco Santos

    12 de outubro de 2014 às 15:04

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  2. APPUNTO CORRETORA E ADMINISTRADORA DE SEGUROS

    26 de setembro de 2014 às 15:34

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