O mercado de seguros no Brasil é secular e se hoje ocupa cerca de 7% do PIB, isso não ocorreu por acaso.
Neste exato momento, milhares de transações de seguros estão sendo realizadas e para isso há os chamados atores do seguro, que são o segurado, a seguradora e o corretor de seguros.
Para que uma transação de seguro ocorra quem decide, ao fim e ao cabo, é o segurado, que tem o arbítrio de escolher quem será o seu corretor e a seguradora, que para isso devem ofertar segurança, simplicidade na complexidade, produtos confiáveis, atendimento e preço, tudo isso no tempo certo e com disponibilidade.
Por exemplo, quando a vigência de um seguro tem data para iniciar é de bom tom que as negociações sejam antecipadas, mas quem decide o dia da tomada de decisão é o segurado e não os corretores e seguradoras. Assim, recomendar ou sugerir é diferente de tentar impor regras inadmissíveis, por mais que sejam legais, no rastro do desmonte regulatório recente.
Ainda não se reviu a escandalosa revogação da aceitação tácita e, ao contrário, já se percebe que a possível incompetência de algumas seguradoras em gerir os seus processos está sendo terceirizada aos corretores, por meio de regras que devem ter saído de mentes que não conhecem o mercado e o direito de livre arbítrio dos corretores não apresentarem cotações das mesmas, aos seus segurados.
Sinceramente, 15 dias para dizer sim ou não ‘para aceitação de um seguro e 30 dias para emitir uma apólice era demais? Enfim, tudo que parece ruim, mas estabilizado, pode piorar. Sobretudo colocando pessoas erradas nos lugares errados (como vimos).
O final do filme é conhecido: a produção caí, demitem pessoas e saem dos ramos de seguros como neles chegaram.
Quando o rabo quer morder o cachorro, tudo o que consegue é irritar quem assiste.