Os consumidores estão muito assustados e eles têm toda a razão, porque os preços de veículos novos e usados foram nas nuvens e os prêmios de seguro ou foram junto ou até ultrapassaram as expectativas.
Há muitas explicações para tudo isso, mas o principal é que não há veículos novos para vender, o que faz com que a procura seja maior que a oferta, o que favorece a elevação até absurda dos preços e é claro que isso favorece a procura por usados e amplia demais a indústria dos financiamentos, que há muitos anos é o que interessa.
Quem manda no preço dos usados são as locadoras e novos players, que passaram a ter enormes estoques de veículos, mas com caixa suficiente para bancar os preços em níveis elevados, também interessados na indústria de financiamentos.
Hoje em dia, um carro de entrada zero, está custando R$ 60 mil e é financiado em 72 meses, com juros de 2,0 ao mês. Ao final desse prazo o consumidor terá pago uns 4 carros, mas como as pessoas não têm nenhuma educação financeira, caem nesta cilada, assumindo prestações mensais escorchantes, sem fazer as contas que ainda terão que pagar IPVA, seguro, manutenção etc.
Pelo lado do seguro, há que se entender que em sua maioria as apólices são precificadas pelo Valor de Mercado Referenciado, ou seja, pela Tabela Fipe, que é atualizada pelo comportamento de preços do mercado, que como vimos acima, é impactada pelo preço dos novos e usados. Ainda pesa na conta o fato que a sinistralidade aumentou bastante no último ano, por inúmeros motivos.
Quem é obrigado a rodar de automóvel, pagando o preço da gasolina e do álcool, porque depende disso para trabalhar, acaba por ter que fazer escolhas dolorosas, dentre elas pagar pelo seguro ou correr o risco de ficar com as prestações a pagar, sem ter mais o bem adquirido, quando ocorre sinistro.
Esses dias um amigo me disse que se as locadoras, por exemplo, perdessem o benefício fiscal da aquisição de veículos sem impostos os preços dos usados cairia rapidamente, o que pode ser verdade, mas a indústria dos financiamentos sabe que o brasileiro pensa na parcela mensal (se ela cabe ou não no orçamento) e não no péssimo negócio que está fazendo.
Vale lembrar que seguro é consequência dos demais fatores que envolvem aquilo que será segurado é que também é assim com seguros de automóveis.
O meu amigo Gustavo Dória diz que o corretor de seguros é um Ciborg. Há alguns dias eu disse que corretor de seguros é refém, mas estou mudando isso, pois o corretor de seguros é Highlander … só sendo imortal para superar suportar a pressão do dia a dia.
Comente o que está acontecendo com os preços do seguro e com os segurados na sua região. Como eles estão encarando os aumentos?
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