Fala José | 24 de abril de 2020 | Fonte: José Luís S Ferreira da Silva

Você está aproveitando o isolamento para ficar mais próximo?

Vivemos tempos sombrios onde a verdade parece ter sido a primeira vitima do Covid19. Informações diferentes sobre o que, quando, onde, com o que e até quando vamos enfrentar uma pandemia trazem inseguranças. Não vou deter-me nisto, assunto complexo no qual sou apenas mais um leigo lendo notícias. Quero “falar” de uma mudança de ambiente que parece ter vindo para ficar: a física. Mais da metade do planeta trocou o ambiente de trabalho pelo residencial. Deixamos de nos deslocar todos os dias úteis num ritual que deixava claro quando começava o sábado, acabava o domingo e nos fazia alegres com um feriado prolongado. Trocamos os relacionamentos diários de conversas na mesa, cafezinhos, almoços e eventuais “happy hours” com os colegas pela presença da família e, em muitos casos, pela solidão. E o que podemos perceber depois de algumas semanas? Que as pessoas estão sentindo a necessidade de interagir. Cresceu muito o uso de sistemas que permitem a interação audiovisual e as pessoas parecem estar gostando disto como substituto possível ao presencial. Olhar o outro em tempos de insegurança e ver que estamos todos atravessando o mesmo momento.

Saber que podemos trabalhar sem sair de casa atende aos anseios econômicos de muitas empresas mas as iniciativas de “home office”,  antes focadas em certas atividades ou experimentais, viraram generalizadas em pouquíssimo tempo e com alto grau de sucesso. Isto leva a crer que muitos continuarão em casa quando o risco passar.

E se vamos passar mais tempo em casa e as vídeos viraram uma ferramenta bastante aceita o que se ganhou? Custos de deslocamento e tempo.  Encontros mais objetivos com um tempo de começo e fim permitindo fazer mais interações por dia o que significa vender mais.

Isto que você leu. Tem corretor aproveitando este tempo e vendendo mais pois organizou visitas, pensou em produtos diferentes dos que já vendeu ao cliente, agendou vídeos com clientes que talvez nunca tenha visto o rosto na vida e treinou seu time para esta realidade.

Sairão deste momento diferentes, com mais receita e menos despesas.

Vamos fazer um “check list” se você é um deles.

– Está em contato com seu pessoal e liberou para eles ferramentas de videoconferência. Este contato é programado e rotineiro? Quem está casa precisa se sentir ligado ao time.

– Avaliou as perdas comerciais e viu se dá para segurar o caixa? Disse para a equipe que não terá necessidade de dispensar ninguém? Quem está em casa vendo noticias de desemprego todo o dia precisa desta segurança.

– Mostrou ao seu time que os clientes também estão com vontade de ver alguém?  Uma ligação resolve algo simples mas uma vídeo agendada para algo complexo ou para uma venda pode humanizar o contato.

– Checou se a equipe está com a conexão necessária? Deixar as pessoas em casa exige WiFi mas um destes chips de contrato trimestral com alguns Gb pode permitir que seu funcionário roteie o micro no celular e fale por whatsapp a um custo menor que o vale transporte.

– Treinou? Sim, é preciso saber se seu pessoal sabe se posicionar diante da câmera, usar uma vestimenta adequada, estar barbeado, penteado, maquiada. Equipes de vendas que faziam visitas podem prosseguir “visitando” por vídeo com muito mais eficiência mas precisam ter um material de apoio bem feito, saber compartilhar a tela e mostrá-la.

– Checou se o ambiente ao fundo do seu pessoal (e seu) numa vídeo é neutro? O ambiente é doméstico mas precisa passar o máximo de imagem profissional (o que em alguns casos sei que não é fácil).

– Está ciente que o seguro de auto (não bastasse a queda nas vendas de veículos) terá uma sinistralidade menor e, portanto, uma queda no valor individual dos prêmios e na sua receita? Aumente a oferta de seguros de pessoas pois estão em alta.

Você tem mais tempo. Não desperdice.

Para encerrar … sabe aquele cliente que confia em você faz anos,  não é tão jovem e talvez você só tenha contatado para vendas e renovação? Contate-o. Pergunte como ele está, como está atravessando o momento e se precisa de alguma coisa.

Vamos sair desta mais profissionais, mais digitais e mais humanos.