De acordo com estudo assinado pelo economista Luis Roberto Castiglione, o ramo de Automóveis encerrou o período de janeiro a setembro com volume de produção de R$ 21,6 bilhões contra R$ 18,0 bilhões de 2012, o que representa um crescimento nominal de 20,2%.
“A margem passou a representar 18,8% dos prêmios ganhos contra 12,3% do ano passado. As reduções da sinistralidade retida e das despesas com comercialização justificam esse desempenho. A primeira passou de 66,4% dos prêmios ganhos para 61,9% no período em tela. Já a segunda representou 19,3% dos prêmios ganhos contra 21,4% de 2012”, argumenta Castiglione.
A líder de mercado é o Grupo Porto Seguro com 25,5% das distribuição (contra 25,6% de 2012), enquanto o estado de São Paulo responde por 42,6% das vendas totais (em 2012 era de 44,2%).
“O segmento vem apresentado resultados expressivos. Evidentemente temos o efeito da renúncia fiscal (IPI) e da facilidade de se adquirir um automóvel via financiamento bancário, em virtude de taxas baixas. Esses dois elementos foram fundamentais para a alavancagem do ramo”, prossegue.
Ele alerta, porém, que o governo já acenou pelo fim da redução de impostos e as taxas de juros passaram a ter aumentos importantes, visando frear o ritmo inflacionário. “Fica uma pergunta no ar: será que essa bicicleta vai continuar pedalando assim? As operadoras praticaram preços visando o futuro?”, indaga Castiglione.