Notícias | 16 de outubro de 2014 | Fonte: Escola Nacional de Seguros

Painel e palestra analisaram cenários e perspectivas para os corretores

Alguns dos principais debates do XVI Conec aconteceram no primeiro dia de atividades, 10 de outubro. Logo pela manhã, o presidente da Escola, Robert Bittar, participou do painel “Força da Cadeia Produtiva”, que também contou com a presença do superintendente da Susep, Roberto Westenberger, do presidente licenciado da Fenacor, Armando Vergilio, do presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, do presidente do Sincor-SP, Alexandre Camillo, e do advogado e corretor de seguros, Antonio Penteado Mendonça.

Bittar destacou a importância do corretor na cadeia de distribuição de seguros, em especial nas últimas duas décadas. “Atualmente, ele está em praticamente todos os municípios do País, a categoria cresceu muito em termos numéricos e também qualitativos. Ainda assim, vimos nascer em nosso meio figuras que não estavam previstas originalmente na legislação, como é o caso das assessorias, que acharam seu espaço e hoje exercem papel importante junto aos corretores, principalmente os de menor porte”, afirmou.

Para o presidente da Escola, mesmo com o cenário positivo do setor, vale uma reflexão sobre os fatores que interferem na intermediação. “São 50 anos de regulamentação da atividade de corretor de seguros e isto, por si, é um indicativo de que esta lei carece de uma atualização, pois o mercado de hoje é muito diferente daquele à época em que ela foi promulgada”.

“O corretor é o grande estimulador do avanço do mercado”

Ele também falou sobre a distribuição de seguros através de outros canais, uma realidade em diversos países e que, em algum momento, também se dará no Brasil, de forma inexorável, pois nada indica que o mercado brasileiro preservará um modelo de distribuição muito diferente daqueles consolidados em economias maduras.

“Estou me referindo ao agente, ao e-commerce, aos demais meios remotos e às distribuições em redes varejistas. Cada produto securitário busca um nicho de consumidores e cada canal de distribuição atinge com maior eficácia este ou aquele nicho. O corretor de seguros é competente para ocupar todos estes espaços, porém, se não o fizer alguém os ocupará em seu lugar, com ou sem o respaldo da legislação, como já vimos acontecer no passado”, advertiu.

Segundo Bittar, os agentes só não vingaram ainda no setor muito mais em razão dos riscos trabalhistas implícitos, do que propriamente pela resistência das instituições representativas. “A CLT também é uma legislação que carece de urgente modernização para regular as relações trabalhistas mais em conformidade com os dias atuais. Este cenário pode mudar a qualquer momento, sem que tenhamos forma de reagir ou impedir”, alertou.

Bittar deixou um conselho aos corretores, os quais qualificou como “grandes estimuladores do avanço do mercado”, para que não se intimidem e busquem novos ramos para empreender. “Aconteceu com a previdência privada, com o VGBL e com outros ramos nos quais o corretor não acreditou, não quis investir, pois achava muito complexos ou de retorno lento. Esses ramos cresceram e continuam crescendo, só que através da comercialização em bancos”, finalizou.

“2050 será o melhor ano da história do Brasil”

Kanitz afirmou que, nos próximos 20 anos, a população economicamente ativa do Brasil irá crescer, o que beneficiará o consumo interno. “Em nosso país, a distribuição de renda é por idade, quanto mais velha a pessoa, maior o seu salário. Hoje, um jovem que ingressa no mercado de trabalho como estagiário, por exemplo, ganha algo em torno de R$ 600,00. Daqui a 20 anos, ele receberá pelo menos quatro vezes mais. Essa característica, somada à explosão demográfica que estamos vivendo e que se intensificará ainda por algum tempo, fará com que os próximos 40 anos sejam de ouro para o Brasil”, prevê.

Mestre em Administração de Empresas pela Harvard Business School, dos EUA, o palestrante fez outra previsão ainda mais otimista. “2050 será o melhor ano, o melhor momento da história do Brasil, pois teremos uma população de 220 milhões de habitantes, a maioria economicamente ativa e no auge de sua renda. Além disso, o aumento do número de mulheres no mercado de trabalho também contribuirá para esse cenário extraordinário”.

A ausência de catástrofes naturais também foi apontada por Kanitz como favorável ao futuro do País. “Não temos tornados, tsunamis, ciclones, terremotos e falamos um único idioma. Vocês são as pessoas certas, no país certo, na cidade certa, na profissão certa, ouvindo o palestrante certo”, brincou o conferencista, ao encerrar a palestra.

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