Notícias | 15 de abril de 2014 | Fonte: CNSeg

“O Brasil cresceu e isso tem consequências enormes no mercado de seguros”, afirma Henrique Meirelles

A 3ª edição do Lloyd’s Meet Market foi realizado na manhã desta quinta-feira, dia 10, no Hotel Sofitel, em Copacabana, no Rio de Janeiro, e reuniu cerca de 250 profissionais e especialistas do setor convidados. Durante o evento, foi recriado o tradicional salão de subscrição do Lloyd’s (Underwriting Room), localizado em Londres, com a presença de boxes dos 11 sindicatos da Lloyd’s com operação no Brasil, mais 4 sindicatos londrinos que enviaram representantes para participar do evento.

O ex-presidente do Banco Central (BC), Henrique Mereilles, primeiro não-anglo-saxão indicado a membro nomeado do Conselho Lloyd’s em 30 anos, ministrou a palestra de abertura do evento. Ele destacou o crescimento da economia brasileira na última década, lembrando que a classe média brasileira dobrou de tamanho no período, alcançando 120 milhões de brasileiros e que, junto com a classe alta representam cerca de 70% da população do país.

De acordo com o ex-presidente do BC, esse novo cenário permitiu o crescimento dos setores de seguros e resseguros e que, para os próximos anos, a tendência deve se manter. “O Brasil cresceu e isso tem consequências enormes no mercado de seguros, que cresce acima da média do mercado. E isso é normal, porque a complexidade das operações na nossa economia aumentou os investimentos”.

Meirelles salientou que o mercado segurador também se beneficiará nos próximos anos dos investimentos em infraestrutura que devem ser realizados no país, sobretudo, através das Parcerias Público-Privadas (PPPs). Ele também destacou a importância da avalição do cenário macroeconômico, dizendo não acreditar em um estouro da inflação. “Este crescimento tem consequências institucionais. A inflação baixa é uma conquista. Ela não vai aumentar porque a população não permitirá”.

O diretor de Mercados Internacionais do Lloyd’s, Vincent Vandendael, também salientou a importância dos investimentos em infraestrutura no país. “O Brasil está em boa forma. É muito importante que o governo brasileiro gaste o dinheiro em infraestrutura”. Participaram do salão os seguintes sindicatos: ACE, ANV, Argo, Catlin, Klin, Liberty, Markel, Navigators, Starr, Beazley, Hiscox, Aegis, Aspen, Allied World e Talbot.

O presidente da Lloyd’s no Brasil, Marco Castro, ressaltou que a chegada ao Brasil este ano do 11º sindicato da Lloyd’s (Hiscox) fortalece a estratégia de ampliar escritórios no país e a realização do evento visa estreitar o relacionamento entre os integrantes do mercado e facilitar o desenvolvimento de novas oportunidades de negócio. “Este encontro é mais importante porque o Brasil está a 11 horas de Londres e nem sempre os profissionais têm a oportunidade de conhecer como funciona o mercado em Londres. Essa negociação pessoal é uma tradição. É lógico que temos a parte tecnológica, mas nada substitui o relacionamento pessoal. A decisão pode ser tomada na hora e o negócio se realiza”.

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