Notícias | 2 de julho de 2015 | Fonte: Sonho Seguro

Diamante Portugal: Inovação e tecnologia, um caminho sem volta

tecnologiaOs corretores de seguros especializados no segmento empresarial gostaram das novidades apresentadas por Felipe Smith, diretor que comanda a área de produtos corporativos da Tokio Marine, durante o XIV Encontro de Corretores Diamante, realizado em Sintra, Portugal, entre 27 de junho e 3 de julho. “Para o mercado segurador brasileiro ter uma participação mais expressiva no Produto Interno Bruto (PIB) só com inovação e muita tecnologia, duas estratégias perseguidas pela Tokio”, disse Elizabeth Rudge, da TRR Securitas, corretora conhecida pela inovação e serviços diferenciados prestados aos clientes.

Smith foi além. Trouxe confiança aos profissionais preocupados com a consolidação do setor, com algumas companhias deixando de atuar emgrandes riscos. “Somos uma companhia com foco em riscos corporativos. Enquanto muitas deixam de operar no segmento, nós estamos investindo e queremos crescer. Tentamos comprar a carteira de grandes riscos do Itaú no ano passado, mas não deu. O plano B é o investimento que estamos fazendo na reestruturação para deixar a área mais dinâmica para este novo contexto do mercado, diante da consolidação, e do Brasil. A meta é dobrar o market share para 10%, o que representa R$ 1,3 bilhão em prêmios até 2017, e estar entre as quatro maiores do Brasil em grandes riscos e transportes”, informou. Hoje, segundo ele, o segmento de pessoa jurídica da Tokio tem 7% do mercado, sendo a terceira maior, superada pela BB Mapfre e ACE.

Smith está animado para bater sua meta até 2017 de forma orgânica. Mas se aparecer alguma oportunidade de compra ou o plano de investimento anunciado pelo governo no mês passado, com R$ 198 bilhões como meta de projetos de investimentos, o alvo será ultrapassado com facilidade. “Como nem tudo é segurável, vamos considerar 80% desse valor, o que dá R$ 156 bilhões. Considerando-se vários tipos de apólices, de riscos de engenharia, automóvel, garantia, entre outras, 1,2% do valor será usado para compra de seguro. Só isso gerará ao mercado segurador R$ 2 bilhões em prêmios e nós, como terceira maior no segmento de riscos empresariais, teremos uma parcela significativa”, comenta.

Fruto do pesado investimento em tecnologia, a companhia reestruturou sua área técnica no primeiro semestre deste ano. Passou a segmentar o atendimento a clientes jurídicos por unidade de negócio, criou a inspeção inteligente e lançou quatro nichos – clínicas, escolas, escritório e “pacotão”, elevando para 13 as diversificações para pequenas e médias empresas. “A inspeção inteligente traz ao corretor uma lista de medidas que o cliente deve adotar para ter uma empresa mais protegida e um programa de seguros com condições mais atraente”, disse.

Para o segundo semestre consta na lista do gestor o lançamento de nichos como academia, estética, D&O — que com as investigações de corrupção trouxeram uma nova percepção de risco aumentando a demanda por parte dos administradores, — e riscos diversos para eventos, que segundo Smith tem um promissor potencial de crescimento. Outra demanda dos corretores, a agilidade na resposta das cotações, também foi viabilizada pela Tokio Marine. “Em breve vocês receberão a ampliação da aceitação do kit empresarial e risco de engenharia, com limites mais amplos, bem como cobertura de 48 horas para o cliente que tiver o risco rejeitado pela seguradora”, informou.
O segmento de transporte também tem novidades, começando com o novo portal de Transportes até a entrega de um kit mais completo para o pequeno transportador. “Também incorporamos o pagamento antecipado da primeira parcela”, acrescenta.

Em números, o segmento pessoa jurídica da Tokio Marine movimentou vendas de R$ 772 milhões até abril deste ano, considerando-se os últimos 12 meses. O grupo é líder em transporte internacional, com crescimento de 111% até abril deste ano, bem acima dos 23,8% da média do mercado. Em aeronáutico, o desempenho chegou a 181%, contra um declínio de 9,5% da carteira do setor, segundo dados da Susep. Outro segmento que Smith vê como potencial é o garantia, principalmente o ramo judicial. “Saltamos da 18o. posição para a quinta”, frisou o executivo. Em riscos nomeados, o avanço foi de 26% enquanto o mercado decresceu 8%, e em responsabilidade civil 110% de crescimento, contra uma queda de 0,8% do setor.

De pets a food truck – A TRR Securitas, que tem hoje 55% da sua produção proveniente de benefícios, 20% de riscos empresarias, 15% de afinidades e o restante do varejo, busca identificar oportunidades para crescer atraindo novos consumidores para o mercado. Com a Tokio, a corretora tem negócios em grandes riscos e transporte. “Uma característica nossa é estarmos juntos na alegria e na tristeza com nossos clientes. Nos empenhamos no gerenciamento de riscos e na estruturação do contrato para pagar o mais rápido possível quando o cliente precisa acionar o seguro por uma perda”, comenta.

Para a executiva, o futuro do corretor de seguros é certo para aqueles que prestarem um serviço realmente diferenciado aos clientes. “Sem isso, o profissional vai desaparecer. Veja o setor de telefonia. Ninguém mais faz ligações. É um novo mundo e nele o seguro deixa de ser seguro para ser prestação de serviço”, explica. Para Elizabeth, além da inovação, tecnologia e agilidade, é preciso conhecimento técnico para dar a segurança necessária para o cliente receber rapidamente a indenização e para a seguradora cotar um preço equilibrar ao risco que irá assumir. “Quando se estrutura um contrato de seguro com um especialista no assunto, as brechas para problemas são praticamente eliminadas”, afirma Smith.

Como a regulação de um sinistro é interpretativa, é preciso ter tudo em mãos para pagar a perda, sem brechas para negar o pagamento. “Tem um formalismo enorme para preservar responsabilidades, principalmente em transporte internacional, e o segurado não está preparado para isso. As vezes se incomoda de seguir algumas burocracias, mas agradece quando tem um sinistro e recebe sem problemas para poder retomar a produção e mitigar outras perdas decorrentes de um acidente”, acrescenta. Segundo ela, muitos afirmam que há muita burocracia do órgão regulador. Mas para ela não adianta querer mudar a regra do seguro. “Muitas das exigências nos contratos existem para atender o Código Civil.”

A TRR administra alguns sinistros ligados a processos de investigações de corrupção com o pagamento de custos com advogados. “Até provar que o cliente é culpado tem de pagar as custas”, defende. Se ele for condenado, a seguradora pode entrar com recurso para obter a devolução do valor, pois o seguro não cobre atos ilícitos. Já a delação premiada está excluída, pois é uma confissão de culpa. Segundo ela, há uma certa confusão entre os cliente. “O seguro de D&O cobre o executivo e não a empresa. Então se é a empresa que está sendo investigada, não há cobertura de D&O”, explica.

Entre as novidades da TRR ela cita o seguro para pets, vendido em sites de lojas de varejo, como também para novas tendências do país, como o boom de food truck e o começo da consciência de ter de indenizar terceiros prejudicados. “Estamos vendendo bem seguro de responsabilidade civil. Recentemente fechamos um pacote desse seguro para proteger o ciclista que usa as bikes disponibilizadas para compartilhamento na Riviera de São Lourenço, praia de São Sebastião (SP).

Em relação a demanda dos donos de food truck, Elizabeth comentou que só encontrava no mercado seguro com coberturas para o veículo, sem considerar o investimento feito em equipamentos para a cozinha e também para o risco mais agravado de ter uma fogão dentro de um carro. “Hoje temos a opção para esses empreendedores e estamos vendendo muito bem, mas só a encontramos em uma seguradora”, queixou-se.

A TRR também tem sua estreia marcada para a comercialização do seguro de carro com a novidade de a venda ser totalmente online em dois portais importantes do varejo. Ela afirma que tem público para tudo. “Tem gente que não quer falar com ninguém. Quer comprar e pronto. Esse movimento online vai obrigar as seguradoras a simplificarem a oferta. Só na Black Friday vendemos em um dia a produção de 18 dias. Mas para isso tem ter uma estrutura de sistemas eficiente, pois um segundo de espera o cliente pode ir para o concorrente. Comprar seguro dois cliques é um caminho sem volta”, sentencia.

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