Notícias | 18 de fevereiro de 2016 | Fonte: Monitor Mercantil‎

Custo assistencial de operadoras cresceu 53% em cinco anos

img12013-05-13 18-07-02 UTCA variação do custo assistencial das operadoras de autogestão foi de 53,2% no período de 2014 a 2010, de acordo com pesquisa realizada pela União Nacional das Instituições de Autogestão em Saúde (Unidas), que analisou as contas de 57 operadoras. Apesar da sinistralidade ter um comportamento estável, os custos dos serviços de saúde têm apresentado evolução crescente, superior aos índices de inflação geral.
Em 2014, o custo médio anual, por beneficiário, foi de R$ 3.690,71. Em 2010, esse valor era de 2.408,79, aumento de 53%. As internações hospitalares cresceram 45% no mesmo período analisado. Passou de R$ 8.402,95 para 12.167,33. “A maior utilização em procedimentos ambulatoriais e o tempo mais elevado de permanência hospitalar dos aposentados e agregados nas internações impacta nos custos assistenciais destes grupos, cuja média etária é mais elevada quando comparada aos ativos”, explica João Paulo dos Reis Neto, diretor técnico da entidade.
O número de idosos, acima de 60 anos, no segmento de autogestão é o dobro da média geral da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e dos outros segmentos de saúde – medicina de grupo, cooperativas e seguradoras. Representam 24%, totalizando mais de 835 mil indivíduos. “O cenário em que vive a autogestão já é o que a Organização Mundial da Saúde (OMS) espera para o Brasil em 2050, quando a população idosa brasileira passará de 7,8% para 23,6%, se comparada a evolução dos anos de 2000 a 2050”, explica Neto.
“A Unidas tem participado de grupos de trabalho para discutir as melhores práticas do mercado. É necessário rever alguns aspectos primordiais no sistema de saúde, como novos modelos de remuneração, programas de prevenção e a participação do beneficiário no custeio do plano. Algumas operadoras de autogestão já trabalham com a coparticipação”, conclui.
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Coparticipação é opção para empresas reduzirem gastos com plano de saúde
Por conta do contínuo e expressivo aumento dos preços dos planos de saúde, muitas empresas estão optando pela coparticipação, mecanismo no qual o empregado assume o pagamento de uma parte do valor da consulta ou do procedimento a ser realizado.
E o mercado já começa a sentir os efeitos dessa movimentação, conforme demonstra pesquisa capitaneada pela consultoria Mercer Marsh Benefícios. Segundo o estudo, realizado com 513 empresas de mais de 30 segmentos, a quantidade de organizações que cobram participação dos funcionários subiu de 44% em 2014 para 51% no ano passado. Outro levantamento, este feito pela consultoria Aon, revelou que 66% de 423 companhias brasileiras oferecem aos seus empregados planos de saúde com coparticipação.
De acordo com Marcelo Alves, CEO da Célebre Corretora de saúde, uma das principais empresas do segmento de planos de saúde e seguros no país, geralmente aplica-se a coparticipação em cima de exames, consultas e atendimentos em pronto socorro. Cada serviço possui um valor específico que, juntos, são descontados em folha ao final do mês.
“Adotar o plano coparticipativo é uma maneira de conter custos, sem alterar a rede ou o padrão de atendimento. Além disso, o mecanismo funciona como um moderador de uso, evitando o excesso de utilização indevida pelo segurado”, afirma o executivo.
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Com aumento de inadimplência, empresas podem minimizar prejuízos com seguro de crédito
No atual panorama econômico, com crescimento da inflação, aumento nas taxas de juros, disparada do dólar e alta do desemprego, o consumo vem caindo e as empresas têm dificuldade para equilibrar seus caixas, chegando ao ponto de recorrer a medidas extremas para continuar em operação. Segundo levantamento da consultoria e corretora de seguros Aon, isso vem ocorrendo com mais intensidade: de janeiro a outubro, o número de recuperações judiciais subiu cerca de 40% em relação ao mesmo período de 2014. Os números de mercado relativos aos estabelecimentos devedores também chamam atenção, pois atualmente são quatro milhões de empresas inadimplentes, ou seja, quase a metade das que estão em operação no país, que totalizam 7,9 milhões.
Para Magno Guimarães, gerente de Produtos Financeiros da Aon, esses dados refletem não somente o momento da crise pelo qual passa o país, mas também a falta de preparo das empresas para manter a competitividade e evitar grandes perdas. “É preciso fazer um planejamento de longo prazo e é justamente nesse ponto que entra o seguro, pois além de garantir o recebimento de vendas futuras, ele possibilita às empresas fazer melhor a utilização de seu capital produtivo melhorando a rentabilidade e competitividade no mercado”, recomenda.

Nesse sentido, a principal cobertura é o seguro de crédito, que é elaborado para evitar perdas em todas as faixas de carteira e transferir o risco para o mercado segurador. “Ao garantir o recebimento de vendas futuras, as empresas podem planejar melhor a utilização de seu capital produtivo”, explica Magno. Outros benefícios para as empresas com essa modalidade são o acesso a um capital mais barato, redução de custos de cobrança e com agências de informação e melhora nos índices de balanço, entre outros. “O seguro de crédito é uma ferramenta estratégica importante que resulta em aumento de vendas e na melhoria nas práticas de governança corporativa, duas condições fundamentais para atravessar a crise”, comenta o executivo.
Em função da necessidade de proteção, as empresas acionam mais o seguro: a sinistralidade das apólices para os casos de inadimplência no período de junho de 2014 a junho de 2015 foi de R$ 749,9 milhões, o equivalente a 97% dos prêmios contratados no mesmo período para seguros de crédito e de responsabilidade (R$ 764,3 milhões). O que, no entanto, não tem impactado o setor de seguros de forma negativa. “A expectativa é que, mesmo com o aumento da sinistralidade, o mercado se mantenha estável e aberto para a contratação de novas apólices”, complementa Magno Guimarães.

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