Notícias | 30 de agosto de 2015 | Fonte: Jornal do Commercio - RJ

Corretagem em crise: consultor sugere dividir lucro

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Diante de um conturbado cenário econômico que tem jogado para baixo as vendas de seguros do chamado ramos elementares, uma parcela considerável de corretores de seguros, que, no geral, tem sua produção concentrada na carteira de veículos, vê seus negócios descerem a ladeira junto com a indústria automobilística. O quadro de dificuldade em que está metida a corretagem levou o economista Francisco Galiza, sócio da Rating Consultoria e assessor do sindicato paulista dos corretores (Sincor-SP), a fazer um apelo às seguradoras para que ajudem a categoria a superar a crise. Segundo ele, o ano será ruim para o mercado da intermediação de seguros.

Na opinião do consultor, a parceria entre seguradoras e corretoras deve existir também em momentos difíceis. E invocou: “As seguradoras poderiam repassar parte de seu lucro para os corretores”. Antes, apontou que o lucro líquido das empresas de seguros subiu 17% no primeiro semestre do ano, no confronto
com idêntico período de 2014, chegando a R$ 9,9 bilhões. A súplica ele fez em recente evento da Associação Paulista de Técnicos de Seguros (APTS), ao falar sobre as tendências econômicas do mercado segurador.A sugestão do economista visa evitar o pior também no mercado de trabalho. Ele lembra que as corretoras de seguros geram em torno de 150 mil empregos no País, contingente maior que o das seguradoras, estimado em 27 mil pessoas. Galiza alegou que, diferentemente das seguradoras, que obtêm ganhos com aplicações no mercado financeiro, os corretores têm como única fonte de renda as vendas, pelas quais são comissionados. “Tem de haver parceria, as corretoras estão num mau momento e as seguradoras estão melhores”, insistiu.

Ao traçar o panorama do mercado segurador, Francisco Galiza apontou, entre outras análises, que a expansão dos ramos elementares não passou de 3% em 12 meses, fechados em junho. Sua análise é que não será fácil reverter esse quadro, considerando o cenário de queda do Produto Interno Bruto (PIB) de quase 2% e, ainda, de redução de 20% nas vendas de automóveis.

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