Notícias | 17 de abril de 2015 | Fonte: Monitor Mercantil

Central Nacional Unimed cresce 39% em 2014

O faturamento da Central Nacional Unimed, quinta maior operadora de planos de saúde do Brasil, aumentou 39% em 2014 (de R$ 2,4 bilhões para R$ 3,3 bilhões), mesmo com a queda do Produto Interno Bruto (PIB). Enquanto o segmento de planos coletivos empresariais avançou 3,3% no período, de acordo com o Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (Iess), a carteira da operadora recebeu mais 202 mil vidas e fechou o ano com 1,7 milhão de beneficiários.

“Em um ano em que a medicina suplementar sofreu perdas, conseguimos resultados positivos com investimentos em tecnologia da informação, infra-estrutura e qualificação da equipe, aliados a uma gestão financeira ainda mais atenta e criteriosa”, avalia Mohamad Akl, presidente da Central Nacional Unimed.

Ainda assim, a sinistralidade – custo da assistência médica – subiu de 91,1% para 92,4% -, em função da inflação da medicina (estimada em 16% em 2014); judicialização (concessão judicial de atendimentos de saúde não previstos em contrato), e da excessiva regulação da saúde suplementar.

Essa combinação de desafios fez com que as sobras (lucro líquido) fossem de R$ 42,4 milhões – em 2013, para R$ 35,3 milhões. Akl observa, porém, que a operadora investiu R$ 39 milhões e inaugurou, por exemplo, o Data Center da Unidade Pamplona, unificando os dados dos clientes em uma nuvem digital, para oferecer ainda mais segurança e disponibilidade destas informações.

A Central Nacional Unimed é uma cooperativa cujas sócias são 326 cooperativas Unimed. As principais decisões da operadora são debatidas em reuniões de gestores e da diretoria, bem como em assembléias de associados, nos casos mais estratégicos e deliberativos. A operadora também conta com o apoio do Conselho Administrativo Técnico e Operacional (Cato), formado por 18 Unimeds, e do Conselho Fiscal. Outras instâncias de decisão são os Comitês e Subcomitês, como os de Projetos, Comunicação, Medicina Preventiva e Mercado. Os mais de 1,2 mil colaboradores participam, também, sendo informados das metas estratégicas e de tudo o que possa contribuir para suas atividades. As portas dos escritórios do presidente, vice-presidente e diretores estão sempre abertas aos profissionais da operadora.

Em 2014 foi criado o Comitê Estratégico de Sinistralidade. Há diversas ações em andamento, como a aquisição de Órteses, Próteses e Materiais Especiais (OPME), internamente e em parceria com a Federação das Unimeds do Estado de São Paulo (Fesp). Esse trabalho ajudou a obter resultados positivos no ano passado. O atendimento de carteiras em portabilidade, em São Luís e na região de Salvador impactou, até agora, a sinistralidade, mas já há uma tendência de equilíbrio, com a comercialização de novos planos e o trabalho intenso das áreas de medicina preventiva e auditoria médica, por exemplo.

Os preços dos planos de saúde são calculados em função de custos estimados e de perfil da população atendida, com incidência de doenças. Esses valores têm sido desequilibrados pela concessão judicial de atendimentos que não constam dos contratos. Na área de auditoria de OPME, por exemplo, cerca de 40% das ações judiciais ocorreram antes da solicitação à operadora. Ou seja, os beneficiários nem sabiam se a OPME seria concedida ou negada, mas se anteciparam e recorreram à Justiça. Esse é um dos itens que mais impactam a sinistralidade, porque, nesses casos, afeta negativamente a correlação entre receitas e despesas.

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