Notícias | 7 de abril de 2014 | Fonte: ParanaOnline | Allan Costa Pinto

Caro, mas não dá dor de cabeça

Entre os diversos critérios que as seguradoras avaliam para determinar o valor de um seguro, o bairro onde o condutor do carro mora e o perfil do veículo (se é visado para roubos, local onde é estacionado, frequência de utilização, entre outros) são os que mais pesam no momento fechar um valor. Outro fator determinante no preço é o histórico do segurado, vindo a favorecê-lo ou prejudicá-lo quanto ao envolvimento em acidentes com maior ou menor frequência.

Dados de uma corretora de seguros da capital aponta que os valores de um seguro de um morador do bairro Água Verde está pode ir de R$ 1,7 mil a R$ 3 mil, dependendo do “pacote” que o cliente procura e do perfil do condutor.

Vanderley Alves, 53, morador do bairro Água Verde conta que nunca teve o carro roubado porque procura sempre deixar seu carro em estacionamento. “Sei que se eu deixar na rua, a probabilidade de acontecer algo é grande”. Ele colocou seguro no veículo, mas afirmou que pagou um preço salgado. “É caro, muito caro, mas é uma garantia. Ás vezes o barato pode sair caro”.

Salgado

Leandro Lacerda Schettini, empresário do ramo de seguros, afirma que a variação no preço das seguradoras é alta. Cada uma tem sua tabela e, pra cada uma, um bairro pode ser mais caro que o outro. “É importante que o cliente tenha um corretor habilitado para fazer uma análise geral no mercado e encontrar o que mais se adequa as necessidades”, diz.

Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep), autarquia federal que controla e fiscaliza o mercado de seguros e previdência privada no Brasil apontam que até o primeiro semestre de 2012, Curitiba tinha 167 mil carros com seguro. O mercado brasileiro de seguros movimentou até novembro de 2013, R$ 18,5 bilhões. Só o Paraná registrou R$ 1,3 bilhão desse montante.

Rigor contra desmanches

Cassiano Aufiero, que assumiu a Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) em agosto do ano passado, diz que fiscalizações tem sido rigorosas em autopeças e desmanches, nos últimos dois anos. De agosto a dezembro do ano passado, foram vistoriados 19 desmanches, com o fechamento e a prisão de 11 deles, e oito notificados por situação irregular. Já nas lojas de autopeças, 217 estabelecimentos foram fiscalizados e 162 deles notificados, sob pena de fechamento. O delegado explica que grande parte destes estabelecimentos ficam localizados na região da Linha Verde, região estratégica devido ao fluxo intenso de carros e caminhões.

Mãos atadas

Ele aproveita para esclarecer que, nem sempre é possível fechar um desmanche alvo de denúncia, porque algumas peças não apresentam número de identificação. “Às vezes as pessoas pensam que fazemos corpo mole, mas não é. As montadoras de veículos tem que identificar todas as peças dos veículos com o número do chassi, para assim termos provas da procedência. Enquanto isso, a polícia fica de mãos atadas em algumas situações”.

Em outros casos, a Polícia Civil solicita a nota fiscal do produto, e caso o proprietário não a possua, a Receita Estadual é solicitada e a multa pode chegar a R$ 100 mil, além da interdição total do local.

Inteligência

Cassiano afirma que em sua gestão, o setor de inteligência foi reestruturado e grandes chefes de quadrilha fora presos. “É preferível afastar a nuvem da chuva do que tentar pegar os pingos dela”, compara. “Com um trabalho mais inteligente, temos quase 100% dos latrocínios (roubo seguido de morte) solucionados, e a maioria dos autores presos ou já identificados”, diz.

Muitas pessoas desconhecem, mas denúncias da população também são imprescindíveis para o sucesso de uma investigação. Quem tiver denúncias a fazer, ligue para a DFRV: 3314-6400.

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